19.12.09

sim.

Existem coisitas que Doris percebe. Sutilezas de personalidades que entregam todos os seus verdadeiros históricos. Ela requota (ou retwita) algo recentemente lido : "O que você é fala tão alto que não consigo ouvir o que você está dizendo."

Chega ao ponto do cansativo ser Doris e estar com Doris.

Ver o que está ali claro, brilhante e latente, duro e real, em prol de uma menor perda de tempo neste curto momento que pela terra temos, ninguém a quer ouvir e/ou acompanhar.

Voltados para uma agradável e confortável ignorância a respeito do que para eles é bonito ser real, tais seres optam pelo conto de fadas, esquecendo-se, porém, das duras quedas já antes experimentadas.

Se questiona, aliás, se a consequente frieza de alguns sentimentos advinda da visão Dórica haverá de não compensar tal empreitada.

Admite ela ser de fato algo interessante de se provar. Os sentimentos não esfriam, mas se acumulam, para se jogar em coisas onde a queda não haverá de ser ilusoriamente válida, e verdadeiramente dolorida, porém em coisitas com um sólido e suculento colchão, tornando a espera deveras recompensadora.

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