19.10.09

Um ser assistiu e disse ter lembrado loucamente de mim - thanks :


<3

15.10.09

Feliz e trililante, em mais uma saga primaveril, eu trazia compras para la mia casita.

Pois não é que um simpático oriental abriu a porta para mim, se sentiu comovido e resolveu me ajudar até o meu andar ?

Aceitei constrangida a tal ajuda, porém principalmente baseada em um fato. Não, as compras não estavam tão pesadas assim.

Havia, no meu corredor, uma enorme/obesa/verde-amarronzada cigarra de cabeça para baixo.

Comentei tal fato com o meu salvador de dedos esmagados pelos sacos de compras. Ele apenas riu e disse:

- " Que besteira, esses seres nem atacam. "
- " Não atacam. Okay. Só pensam que você é uma árvore e grudam."
- " Hahaha. Mas não são nada nocivos. "
- " Pois vá você do meu lado direito, no qual ela se encontra, enquanto me arrasto pelo lado esquerdo do corredor."

Ele me encarou com um ar de certo arrependimento por ter ajudado alguém tão freak. Porém, todavia, chegamos no meu andar. Ao abrir o elevador, berrei:

- " GAH ! "
- " Oh, mas oq há ? "
- " Gasp, a cigarra tá de cabeça pra cima ! Coisa que significa que ela está . . . VIVA ! "

Neste momento, uma música de terror tocou em minha mente, algo que provavelmente não rolou na cabeça do japa que, masculamente riu e assumiu minha direita.

Fechei os olhos com força e colei na parede esquerda do corredor, para que o trauma passasse rápido até que . . .

- "TZÉEEEEEEEEEEECULHECTECPUTECHASDU"
- "wóoOOOOHOOOO !" - (grito de horror oriental)

Enquanto eu me debatia pelas paredes em extremo pânico, o príncipe charmoso, após declamar "não é que as filhas da puta atacam mesmo ?", a saiu chutando violentamente para fora do meu caminho, em direção ao corredor oposto ao do meu apê.

E lá, de cabeça para cima, após estalos-contorcidos-característicos-das-cigarras-de-dor, ela ficou.

Agradeci tal salvamento duplo ao galante rapaz e ele se foi.

Porém, lá ela ficou. E vários dias depois, de lá, ela me encarou.

Imóvel. Estátua. Virada para cima.
Até desaparecer em algum saco de lixo.

7.10.09

Então quer dizer que . . .

As pessoas gostam de tomar choque.

Eu gostei, elas gostam.

Tento inspirar nelas maior sabedoria do que tive eu... e de que adianta ?

Resta torcer para que o ser em questão goste de intensidades leves das tais movimentações elétricas.

Convenhamos, cada um tem o grau de masoquismo diretamente proporcional ao quanto haverá de... sofrer. Ou simplesmente o grau de cegueira no estilo "comigo será diferente, tá, por mais óbvios que tais resultados possam soar para você, mocréeeia"

Redundante e previsível. Uma humanidade muito criativa mas cíclica, há vezes espiralicamente cíclica, com os velhos demônios psicológicos aprisionadores, e os passados ululantes ! uuuuuh

Fim de papo.

5.10.09

Tem momentos que só esperamos o momento passar.

O peso do que se tem a dizer é composto de vazio e falta de sentido.

O ser em questão deve parar, ficar em um simpático casulo, para criar as tais novas e bonitas asas.

Me disseram até, né, "you'll have to heal, so that you can fly with your creative energy".

Isso é tudo muito bonito de se idealizar, teorizar.

Na prática, temos que conseguir visualizar isso que é invisível, e tentar não se ferir com o que é intensamente concreto e palpável.

E agora, paro pra notar que, sim. Os adultos que antes eu via, com sua visão sem sentidamente fria e cinza da vida, são agora compreensíveis.

E os bebezos que brilham os olhos, e se comovem com coisas que já não têm mais a mesma porpurina de dias passados meus, são eles as novas porpurinas que passaram a me comover.

No casulo então devo encontrar-me, para entender-vi, entender-me, entreter-me, perceber-vi, perceber-me, num contexto total e completamente novo.

Não. Não virei uma adulta que vê cinza. Mas também não sou mais o bebezo cheio de porpurinas.

Sente-se fortemente aquela incrível frase sobre os tais contos de fada de dias passados, que crescerão...
mas nunca morrerão.

Amém.

1.10.09

oi Outubro !

Brasília te saúda com a sinfonia do inferno nº394, entoada pelas maiores e mais horrendas cigarras já vistas.

Pelas noites, grilos e demais insetos obscuros ensaiam a peça "Reprodução Esvoaçante Nesta Época tão Florida", fazendo sons saídos de seus corpos absolutamente nojentos, exalando o cheiro inseto-primaveril.

Mais uma vez, assim como o especial do Roberto Carlos que ocorre anualmente, teremos as famosas e trililantes baratas voadoras, com suas pernas peludas e sua cor agradavelmente marrom.

O meu aniversário contido em ti, Outubro, após um mês de inferno astral, é um mero detalhe

de mais uma libriana nascida na época dos insetos feromônicos.