10.5.10

Pois ao respirar e emitir som em minha vida, devo admitir que discorrer ao seu respeito, aparenta propor tirar ele do mágico plano subjetivo e adentrá-lo de forma hesitante em um plano mais pertencente à física. Isso porque ele pode ser visto como nada mais do que vibrações que se locomovem em pedaços de seres, partículas, objetos encontrados nesse processo de emissão/recepção.

Mas devo relembrar que não é por aí que ele para. Como um efeito borboleta, ou apenas um simpático efeito "jogar pedrinha no lago e ver dela advir novas ondas", o som costuma ter ampliados efeitos baseados no grau racional, emocional e 'bagacional' do indivíduo emissor/receptor.

Existem sons que, ao serem emitidos, descrevem exatamente em que estado o emissor se encontra, seja chorando, sorrindo, caindo. Sem falar nos que, em contato conosco, estimulam seres a fazer cocô,  estimulam boas e más emoções, sons que ambientizam, distraem, nos traem, estimulam sim criações. E tudo através de simples vibrações. (e os sons das rimas, Camões? :P )

Um equilíbrio aparentemente perfeito do plano físico, material, com o emocional, racional que definitivamente merece alguns mais parágrafos profundos, do que essas vãs e tortas linhas que apenas uma pequenina reflexão propõem.

Um comentário:

Daniel Araujo disse...

Em suma, música é metafísica.
=)