5.10.09

Tem momentos que só esperamos o momento passar.

O peso do que se tem a dizer é composto de vazio e falta de sentido.

O ser em questão deve parar, ficar em um simpático casulo, para criar as tais novas e bonitas asas.

Me disseram até, né, "you'll have to heal, so that you can fly with your creative energy".

Isso é tudo muito bonito de se idealizar, teorizar.

Na prática, temos que conseguir visualizar isso que é invisível, e tentar não se ferir com o que é intensamente concreto e palpável.

E agora, paro pra notar que, sim. Os adultos que antes eu via, com sua visão sem sentidamente fria e cinza da vida, são agora compreensíveis.

E os bebezos que brilham os olhos, e se comovem com coisas que já não têm mais a mesma porpurina de dias passados meus, são eles as novas porpurinas que passaram a me comover.

No casulo então devo encontrar-me, para entender-vi, entender-me, entreter-me, perceber-vi, perceber-me, num contexto total e completamente novo.

Não. Não virei uma adulta que vê cinza. Mas também não sou mais o bebezo cheio de porpurinas.

Sente-se fortemente aquela incrível frase sobre os tais contos de fada de dias passados, que crescerão...
mas nunca morrerão.

Amém.

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